Excelência na comunicação interna pode minimizar a fofoca
Excelência na comunicação interna pode minimizar a fofoca
Confiança e credibilidade são requisitos básicos para melhorar a comunicação corporativa.
Um estudo publicado pela empresa Harris Interactive, dos Estados Unidos, apontou que 60% dos entrevistados consideraram a fofoca como o maior aborrecimento no trabalho. Assim, colegas que passam o dia fofocando, organizando a vida doméstica alheia, ou que usam o "responder a todos" em e-mails, atrapalham o andamento do trabalho e irritam os colegas. Desenvolver a comunicação interna em uma corporação é a melhor opção, segundo especialistas.
Para José Floro, diretor da Floro Gerenciamento de Carreira, a comunicação interna deve ser clara e transparente dentro de uma empresa, sem rodeios. "Ela é uma das formas de evitar as distorções e crescimento das fofocas entre os funcionários. O exemplo dos gestores também ajuda a evitar tais problemas", diz. Segundo ele, quando existe confiança entre as pessoas, é possível desenvolver a credibilidade interna do que é falado e do que é realizado.
Quando não existe credibilidade, afirma Floro, se gasta muito tempo para reverter situações geradas pelas fofocas. "Isso faz com que o foco das atividades esteja na fofoca e não no objetivo principal, que é o atendimento ao cliente e na geração de resultados", afirma. Ele acredita que um ambiente repleto de "fuxico" permite a perda de desafios, responsáveis pela percepção dos profissionais ao seu desenvolvimento. Infelizmente, a comunicação interna é relegada em segundo plano nas empresas.
Falta aos empresários e executivos a consciência de que a comunicação ideal é vital para o desenvolvimento e a sobrevivência das organizações. Para a bióloga Camila Leone, a fofoca pode prejudicar muito o ambiente de trabalho. "Certa vez colocaram meu nome em um boato que agredia o presidente da empresa. Quase perdi meu emprego", conta. Para desfazer o mau entendido, ela precisou da confiança do chefe para contar a verdadeira história. "Por um período entrei em depressão e quase solicitei a minha saída do trabalho", lembra.
Portanto, a transparência na comunicação mantém os colaboradores motivados, os clientes e parceiros inspirados e minimiza os boatos no ambiente de trabalho.
A comunicação eficiente reduz os boatos
Para minimizar esses boatos, a liderança da empresa precisa:
· criar canais de comunicação (cartazes, murais, comunicados internos, reuniões, intranet e e-mails);
· informar, por meio dos canais de comunicação, as novidades sobre a empresa, alterações em produtos, problemas a serem resolvidos etc;
· estimular conversas produtivas, fazendo com que os funcionários se reúnam e proponham melhorias (sugestões);
· desencorajar as fofocas sobre a empresa, outro colaborador ou serviço. Primeiro converse com quem espalhou o boato e, em seguida, com os funcionários;
· elogiar o trabalho bem desempenhado.